quinta-feira, 2 de maio de 2013
Você vive um sonho por um tempo e se sente nas nuvens. Seu sonho é seu ponto de paz, seu mundo da lua, seu refúgio, uma outra realidade, tão distante que te deixa amortecido. Fuga. Até que um dia, sem aviso, a sua realidade, aquela mesmice sem sentido, cheia de limites e proibições para a qual você acorda todos os dias, se abate sobre você. Então sua felicidade fica comprometida, você vai desperdiçando seus dias, perdido no vazio que virou o seu mundo. Sem a esperança de que um dia realizará seus maiores sonhos, nem de que algum dia fará algo de útil. O futuro, mais incerto do que nunca, vai virando presente e tirando de você suas esperanças de ser feliz. Preso no monte que a vida vai descarregando em cima de você a cada dia, cada dia mais difícil de olhar para cima se não for com angústia.
Algo vai se fechando em volta do seu pescoço e a vontade de fazer isso parar vai aumentando conforme sua força para fazê-lo vai diminuindo. Não sabemos quem somos, o que faremos nem se temos alguma utilidade real. Parece que nascemos para perder tempo, deixar a distração passar por cima do que é importante; procuramos a felicidade em outras pessoas, outras vidas, outros tempos, e a encontramos. Mas essa felicidade não foi feita para nós; a almejamos mais que tudo, não a alcançamos. E é aí que a nossa vida nos deprime, e por melhor que ela seja, não é assim que ela vai nos proporcionar felicidade verdadeira. Pode parecer egoísmo, frescura ou ingratidão, mas não é, faltam algumas coisas, ou então as temos em excesso. Quando eu tiver o poder de mandar no meu destino, espero fazer a coisa certa; não desapontar quem eu amo; achar uma utilidade para a minha existência; deixar alguma marca boa por aí; me orgulhar da minha vida, porque serei feliz com o que fiz dela. Já ouvi que ser feliz é trabalhar duro; que é fazer o que a gente gosta; que é não ligar para o que os outros pensam; que é dormir e acordar cedo; fazer o bem; ajudar os outros; nos aceitar como somos e mais uma infinidade de coisas. Só sei que se para o amor não existe receita, por que para a felicidade existiria?
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