E eu fui tão cuidadosa pra quê, se no fim eu me entreguei?
De que adiantou eu ter pensado tanto em que palavras usar, se
no fim falava mesmo é o que estava no meu coração?
E porque eu acabei achando que a gente poderia dar certo, se
no fim o que me esperava eram somente lágrimas e o incômodo de não saber o que
deu errado?
Será que você sentiu mesmo tudo o que disse ter sentido, ou
aquelas não passaram de palavras inócuas, ditas da maneira que você julgou que
iriam me convencer melhor? E o papo sobre sinceridade, tudo o que você me
contou, o que eu lhe confidenciei.... segredos do meu coração, minhas
verdades... Desperdiçadas.
De que adiantaram os textos bonitinhos, as mensagens de madrugada,
as comparações que eu fazia entre você e as estrelas lá em cima, as músicas às
quais atribui um sentido só seu, todas as emoções, os sorrisos, as lágrimas...
Tudo isso ficou no passado, e não precisamos trocar uma palavra sequer para
sabermos que ficamos por isso mesmo. Só espero que nenhum de nós tenha criado
verdades imaginárias, e por causa da nossa imaginação fértil, tenhamos
desistido de nós, ou o que quer que seja, que éramos, fomos, deixamos de ser...
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